15 de abril de 2009

Paraense Desempregado

Um paraense desempregado, com o nome de Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista. Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:
-Qual foi seu último salário?
-'Salário mínimo', respondeu Juvenal.
- Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil dólares por mês.
-Jura?
-Que carro o sr. tem?
-Na verdade, só um carrinho pra vender açaí na rua.
-Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW para sua esposa?
-Jura?
-O senhor viaja muito para o exterior?
-O mais longe que fui foi para Manaus, visitar uns parentes que moram na vila do Pura que quara...
-Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos5 vezes por ano, para Londres,Paris, Roma, Mônaco, etc.
-Jura?
-E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido.
Se até amanhã à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.
-Juvenal saiu do escritório radiante. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. Chegou em casa e contou as boas novas.
Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muito carimbó. Sábado, 9 horas da noite a festa fervia. A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero. A vizinha, interesseira, aprovava.
A banda tocava. Onze horas, Juvenal era o rei do bairro.
Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeiro salário. E a mulher resignada. Onze horas e cinqüenta e cinco minutos........ Vira na esquina buzinando feito louca uma motoca amarela...Era do Correio. A festa parou. A banda se calou. A tuba engasgou. Meu Deus , e agora?
Quem pagaria a conta da festa? Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida. Jogaram água na churrasqueira. O chope esquentou. A motoca parou.
-Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
-Sim, sou eu...
A multidão não resistiu...
-OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!
-Telegrama pro senhor...
Juvenal não acreditava... Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou para todos.
Silêncio total. Respirou fundo e abriu o telegrama. Uma lágrima rolou, molhando o telegrama..
Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.
Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.
O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.
-E agora? Quem pagará pela festa?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a gritar...
-Mamãe morreeeeuuu! Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu
 

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